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IMAGINÁRIO – BRINQUEDO DIABÓLICO

Por: Emerson Monteiro

Imaginary, EUA – 2024
Direção:
Jeff Wadlow
Roteiro: Greg Erb
Elenco: DeWanda Wise, Pyper Braun, Taegen Burns, Matthew Sato, Tom Payne, Betty Buckley, Veronica Falcón, Alix Angelis, Dane Diliegro.
Duração: 1 hora e 44 minutos
Produção: Blumhouse Productions
Distribuição: Paris filmes


Sinopse: Na história, Jessica (DeWand Wise) se muda de volta para sua casa de infância com sua família. Lá, sua enteada mais nova Alice (Pyper Braun) desenvolve um estranho apego a um urso de pelúcia chamado Chauncey, que ela encontra no porão. Alice começa a brincar com Chauncey e os jogos se tornam cada vez mais sinistros. À medida que o comportamento de Alice se torna cada vez mais preocupante, Jessica percebe que Chauncey é muito mais do que apenas um ursinho de pelúcia.


 


O filme já se inicia com uma cena de pesadelo, algo usado à exaustão, mas tudo bem, é um momento tenso onde a protagonista corre desesperada por um ambiente com ares de sobrenatural. Um homem surge para guiá-la até a saída daquele lugar, ela não está apenas tentando sair, está fugindo de um monstro com patas de aranha. Mais adiante descobrimos que esse homem é alguém importante para ela. A cena do pesadelo é OK, empolga e nos cria interesse pelo filme.


Jéssica desperta e se vê na cama com o marido. Eles decidem mudar de casa, para ver se acabam os pesadelos. A mudança será para a casa onde Jéssica viveu sua infância. Junto com o casal vão as filhas do primeiro casamento do marido: uma garotinha e uma adolescente. Parte da história gira em torno da dificuldade de adaptação das garotas com a nova esposa do pai. Por outro lado, Jéssica tem que conciliar problemas com sua família atual e repercussões de seu passado.


Alice, a filha menor, mostra-se uma garotinha tímida e triste. Introspectiva, a menina recorre a um amiguinho imaginário que passa a acompanhá-la desde que chega à casa nova. O amiguinho é representado por um ursinho de pelúcia que a menina encontra por trás de uma porta oculta no porão da casa.



Há uma intenção em desenvolver os personagens, isso é um ponto positivo, uma vez que a imersão com o enredo passa por uma preocupação nossa com eles. Com exceção do marido, que some no meio do filme, conhecemos mais detalhes do caráter dos envolvidos na história. Em determinado momento surge uma nova personagem que, a meu ver, atrapalha mais do que tudo, seria facilmente descartável, estou falando da vizinha. Surge também a psicóloga que trata da garotinha, ela é importante para a trama. Uma alternativa para descrever o passado de Jéssica (contado pela vizinha) poderia ser através de uma sessão de hipnose com a terapeuta de sua enteada.


Infelizmente, achei as atuações fracas, com exceção da garotinha e isso compromete nossa empatia com a protagonista.



Entendo que havia um potencial imenso, a premissa é boa, mas muito pouco explorada em cenas que poderiam ser bem assustadoras. Vi ali cenas que me fizeram lembrar “Poltergeist”, “Coraline” e até mesmo a animação Akira (cena do urso assustador no quarto), mas todas essas obras que citei obtiveram êxito em causar tensão. O diretor poderia ter desenvolvido o filme como a obra de Spielberg, aonde a família vai se apresentando e convivendo tranquilamente com o sobrenatural, até que as coisas vão aumentando o nível de perigo até a situação de desespero. No entanto, é o tipo de filme que a gente já espera que todo mundo vai ser salvo no último minuto. Faltou “pesar a mão” em muitas cenas, afinal, é um filme de terror! Por que pisar tanto no freio?


Caso tivessem mais cenas de ferimentos com efeitos práticos, cenas drásticas e mais pessimistas, um vilão mais ameaçador, isso sim, causaria mais impacto. Enfim, é um típico filme para assistir na Sessão da tarde. Diverte como um filme de aventura, não terror. Coloquem um roteiro desses na mão de um Guilhermo Del Toro e veja a mágica acontecer!


 


Instagram: @emersonmonteirodasilv

Resenhas
https://www.cinehorror.com.br/resenhas/imaginario-brinquedo-diabolico?id=1126
| 403 | 13/03/2024
Dirigido por Jeff Wadlow, Imaginário – Brinquedo Diabólico é mais uma produção da Blumhouse que não assusta.
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