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DUNA

Por: Val Oliveira

Autor: Frank Herbert
Editora: Aleph
Páginas: 680
Ano: 2017 (2ª edição)


Sinopse: Uma estonteante mistura de aventura e misticismo, ecologia e política, este romance ganhador dos prêmios Hugo e Nebula deu início a uma das mais épicas histórias de toda a ficção científica. Nessa trama repleta de política e religiosidade, o jovem Paul Atreides, herdeiro de uma poderosa família que foi vítima de um golpe, é treinado nas doutrinas secretas de uma antiga irmandade, que vê nele a esperança de realização de um plano urdido há séculos. Assim começa uma trajetória para transformar um homem comum em herói e messias.


 


Meu primeiro contato com “Duna” foi através de uma matéria publicada na extinta revista Revista Cinemin Fantastic, publicada pela Ebal em 1984,  onde vinha nas páginas o pôster do filme. Apenas uma criança na época, o que me fez adquirir a revista (leia-se, pedi aos meus pais) foi a Enterprise e a dupla C3PO e R2D2 na capa (sim, eu era e ainda sou fã de Jornada nas Estrelas e Guerra na Estrelas). Posteriormente li uma matéria sobre o filme, as dificuldades da produção e sobre como era difícil compreender, que alguns cinemas nos EUA davam panfletos para o público entender a trama. Anos depois assisti ao filme dirigido por David Lynch, que adorei e até hoje considero meu favorito deste diretor, ao lado de “O Homem Elefante”. Anos depois tive contato com a minissérie da HBO nos anos 2000, que achei razoável. Finalmente, agora em 2019, tive o prazer de ler a obra original de Frank Herbert, publicada originalmente em 1965.


“Duna” é uma das mais influentes da ficção científica moderna. A jornada do Paul Atreides até se tornar o messias Muad'Dib é a representação clássica do monomito (às vezes chamado de "Jornada do Herói") - um conceito de jornada cíclica presente em mitos, de acordo com o antropólogo Joseph Campbell. As referências sobre ecologia, religião, sociedade e família são únicas, com questionamentos atuais para um livro escrito nos anos 60. Duna é uma obra fantástica, com um toque de steampunk, com uma narrativa complexa, rica em detalhes e com muitas descrições. Herbert criar termos e nomenclaturas para o universo que criou que torna mais interessante a leitura (existe no final do livro um apêndice que ajudará a compreender melhor os termos usados na obra).


No livro somos apresentados a um futuro onde a humanidade já colonizou vários pontos do universo e a Terra não é mais habitada. As religiões foram unificadas sob o comando do Império e compõe a Bíblia Católica de Orange (BCO). O Imperador controla tudo, e cada planeta colonizado é comandado por uma família escolhida a dedo. Cada planeta é chamado de feudo e as famílias regentes compõem as Grandes Casas. Entre elas, as mais importantes são as Atreides, Corino e Harkonnen. Como houve uma guerra entre os homens e máquinas, neste futuro toda a tecnologia do Império é reduzida a máquinas mecânicas e que não ultrapassem o grau de inteligência dos humanos. Para suprir a falta de computadores, e evitar o retrocesso tecnológico do Império surgiram os Mentats, treinadas desde o nascimento para computadores humanos. Neste futuro as viagens espaciais são monopolizadas pela Guilda Espacial. Também temos na trama a irmandade milenar conhecida como Bene Gesserit, criada por mulheres e exclusivamente para mulheres. Nesta trama política, de vingança e traição, temos o foco principal do Império que é a especiaria, o Mélange, que promete atributos especiais para quem a ingere que beiram até a premonição, alêm de assustadores olhos azuis intensos para quem se vicia com a mesma. São usadas principalmente pelos Mentats e pelas Madres. E só pode ser encontrada no planeta Arrakis, também conhecido como Duna. A extração deste produto valioso é de extrema periculosidade devido aos gigantescos vermes da areia, que são atraídos pelo mínimo de movimento na superfície da areia e também por campos elétricos. Além disso, o planeta apresenta um clima altamente desértico, sendo perigoso para que sai sem proteção. O único povo que vive neste lugar inóspito são os Fremen, que acreditam na vida de um messias que irá libertar o povo da areia. Com a chegada da família Atreides ao planeta, os indícios de que o jovem Paul pode ser esse messias, começam a se intensificar. Com o ataque dos Harkonnen, os Atreides são derrubados e o duque, assassinado. Mas Paul e sua mãe sobrevivem, e são acolhidos entre os Fremen. A partir daí, se inicia a transformação de Paul em Muad´Dib, o messias capaz de levar os Fremen à liberdade, e humanidade para um novo estágio de evolução.


“Duna” ganhou os prêmios Hugo e Nebula, teve sua adaptação para o cinema pensado originalmente por Alejandro Jodorowski em 1975, e finalmente realizado por David Lynch em 1984. Teve o primeiro jogo baseado nos livros lançado em 1992 no estilo RTS (Real-time strategy, Estratégia em tempo real) para PC. Em 1998 veio Dune II também RTS para PC e PSOne, e depois Frank Herbert’s Dune (2001) que foi um game baseado na série de TV da HBO, e o Emperor: Battle for Dune (2001) para PC novamente no estilo RTS. Além das duas séries televisivas da HBO, ainda houve as versões em quadrinhos pela Marvel na década de 1980, que adaptaram o filme para HQs. Atualmente está em produção uma nova adaptação para o cinema, com a direção de Denis Villeneuve, programado para 2020.


A edição analisada é a segunda edição publicada pela Editora Aleph. Uma edição primorosa, em capa dura com maravilhosa ilustração de Marc Simonetti e tradução de Maria do Carmo Zanini, contando ainda com um prefácio de Neil Gaiman. A saga “Duna” conta com seis livros, sendo que Editora Aleph publicou quatro: “Duna”, “Messias de Duna”, “Filhos de Duna” e “Imperador Deus de Duna”.


 


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Resenhas
https://www.cinehorror.com.br/resenhas/duna?id=322
| 1078 | 18/06/2019
Uma estonteante mistura de aventura e misticismo, ecologia e política, este romance ganhador dos prêmios Hugo e Nebula deu início a uma das mais épicas histórias de toda a ficção científica.
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